O hotel destina-se a nómadas digitais e envolveu um investimento de 15 milhões de euros pelos belgas da Krest. A pandemia pode ter temporariamente interrompido o fluxo de turistas, mas não deteve projetos que já estavam em curso. É o caso do Moxy Lisboa Oriente, o primeiro grande hotel a ser inaugurado na capital desde que a pandemia se instalou no mundo. Localizado no Parque das Nações, mesmo em frente à Gare do Oriente, o hotel tem 222 quartos e exigiu um esforço financeiro de 15 milhões de euros da Krest, uma empresa de investimento imobiliário com sede na Bélgica e já com vários projetos em Lisboa, Porto e Algarve. O hotel será o primeiro da marca Moxy em Portugal e será gerido pelo grupo português Hoti Hoteis. Isto marca o primeiro hotel do universo Marriott assegurado pelo grupo de cadeia hoteleira com capital 100% português. A Krest Real Investments está também a desenvolver uma torre de escritórios ao lado do edifício do hotel, designada K-Tower. Segundo Claude Kandiyoti, CEO do promotor imobiliário belga, “a ideia de construir uma unidade hoteleira num destes terrenos surgiu ‘no dia seguinte’ a Krest os ter comprado.”
Para este projeto, foi escolhida a firma internacional de arquitetura Broadway Malyan. Segundo Margarida Caldeira, arquiteta e diretora geral da firma em Portugal, “a abordagem de design para o Moxy foi baseada nas diretrizes desta marca de estilo de vida e na localização onde o edifício se situa. O caráter industrial da área, a inclinação acentuada do terreno e a arte urbana pré-existente foram uma fonte de inspiração para o projeto.” Direcionado para millennials e nómadas digitais, o hotel de três estrelas está equipado com serviços de internet de alta velocidade, estacionamento, um ginásio, salas de reuniões, uma biblioteca e terraços. “Com vista para o lobby, há um mezanino com salas multiuso, incluindo um ginásio e um espaço com tomadas, um local de encontro onde os hóspedes podem trabalhar, reunir-se ou conversar em mesas comunitárias ou numa mistura de sofás confortáveis e cadeiras,” explica a arquiteta Margarida Caldeira, destacando que na abordagem global de design de interiores, o objetivo era criar um espaço “com uma estética industrial moderna e chique,” pontuada por grandes peças de arte de rua cobrindo as grandes paredes interiores.